/Professor da Uniguaçu é investigado por suposta fraude em diploma de mestre e doutor

Professor da Uniguaçu é investigado por suposta fraude em diploma de mestre e doutor

Um suposto questionamento para a Ouvidoria Geral da Universidade Federal do Paraná (UFPR) afirma que Atilio Augustinho Matozzo teria iniciado mestrado na instituição, mas não concluiu e quanto ao doutorado não teria iniciado no programa. Nossa reportagem fez contato com os envolvidos e, na ética e transferência, descreve os fatos conforme a apuração destes.

Situação apontada
Documento da UFPR esclarece sobre o suposto processo de solicitação n° 23546.017220/2020-62. Nele cita que o Programa de Pós-Graduação em Letras teve a matrícula de Atilio Augustinho Matozzo. O mesmo foi aluno entre 2008 e 2010, “tendo completado os créditos em disciplinas referentes ao Mestrado em 2009 e realizado exame de qualificação ainda em 2009“, cita a resposta da ouvidoria.

Contudo, ele nunca chegou a defender sua dissertação e acabou sendo descredenciado do programa por decisão administrativa. Portanto, este Programa de Pós-graduação não conferiu a Atilio Augustinho Matozzo o título de Mestre. Depois de seu desligamento, ele não tornou a ingressar no Programa, nem para concluir seu mestrado nem para iniciar um eventual doutoramento“, cita a ouvidoria.

Na sequência, a resposta do setor descreve que “não conferiu a Atilio Augustinho Matozzo o título de Doutor. Mais ainda, cabe ressaltar que este Programa jamais conferiu títulos de Mestre e Doutor em ‘Estudos Linguísticos’. Nossos egressos, uma vez cumpridos os créditos em disciplina, a aprovação em exame de qualificação e a defesa de dissertação de mestrado ou tese de doutorado, fazem jus aos títulos de Mestres ou Doutores em ‘Letras’“, explica.

Sendo assim, as informações constantes do Currículo Lattes anexado à solicitação da Ouvidoria não correspondem, nem poderiam corresponder, à verdade dos fatos registrados nos arquivos do Progra-ma de Pós-Graduação em Letras da UFPR“, complementa o documento quanto ao questionamento formulado à ouvidoria.

Foto Atilio Augustinho Matozzo

Outro lado
Boa tarde a todos e todas, com imensa dor em meu coração e alma que anúncio meu desligamento da Uniguaçu no dia de hoje. A partir deste o momento não mais sou Pró-reitor Acadêmico. O professor Mateus será o responsável a partir de agora. Sejam fortes nesse momento nos reencontramos por aí. Grande abraço“, escreveu Atilio Augustinho Matozzo em rede social.

Gente, não sei se vocês já estão sabendo, mas a UFPR fez uma declaração de que o Prof Atilio não tem diploma de mestre e muito menos de doutor por eles. E que eles não dão titulo de doutorado para tal. No cargo que ele esta na Uniguaçu precisaria desses títulos“, apontou cidadão ao se referir ao caso, com base no documento.

Por sua vez, a Uniguaçu publicou uma nota dizendo ter tomado conhecimento por “redes sociais”. A publicação cita que a instituição “tomou providências, laborais e criminais“. Essa medida para verificar a veracidade da documentação apresentada quando da contratação do profissional. Também, descreve que buscará responsabilizar envolvidos em esfera civil e criminal. Se colocando com vítima da situação “juntamente com a comunidade acadêmica local“.

Nossa reportagem fez contato com a instituição. Uma fonte da Uniguaçu informou que por hora o esclarecimento é o que consta na nota publicada.

O professor envolvido mandou uma nota, com base na orientação de sua defesa. “Sou um profissional reconhecido pelo meu trabalho por todos os lugares por onde passei. Referente ao ocorrido as acusações são descabidas nunca houve falsificação. As respostas e comprovações serão dadas no momento certo. Agora reforço, que o meu papel de educador foi cumprido“, informou.